segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Emicida Falando Pra Todos - nova mixtape Emicidio

MC vive fase de reconhecimento inédita em sua carreira e vem com mixtape nova: mais serena e madura, em todos sentidos, do que a primeira

Leandro Roque de Oliveira, 25 anos, conhecido nacionalmente como Emicida, apareceu recentemente no Programa do Jô na Rede Globo, virou Trending Topic mundial no Twitter (nomes mais citados no microblog), as diversas versões de seu maior hit, “Triunfo”, no youtube já passa das oitocentas mil visualizaçòes, foi capa da Ilustrada da Folha de São Paulo, destaque nos principais sites do país, participou do Altas Horas, apresenta quadro no programa Manos e Minas da TV Cultura, destaque no MySpace e, somados todos os vídeos de suas intensas batalhas de freestyle, soma quase dez milhões de views no site. Sua primeira mixtape, lançada em 2009 e produzida de forma caseira, passou das dez mil cópias. Os números não mentem: o garoto fez/faz um barulho danado e é quase um movimento em si mesmo. Quem já presenciou seus shows Brasil afora sabe da empatia que o artista tem com seu público. E o que é mais curioso: o MC não se abala com todo esse burburinho.

O NOIZ fez a mais longa entrevista com o MC em tempos e falou sobre passado, presente e futuro, sobre a mixtape Emícidio, lançada com estardalhaço no dia 15 de Setembro (quase mil cópias vendidas na pré-venda), alcançando novamente os Trending Topics (dessa vez em nível nacional) no Twitter. Quem não conhecia, certamente se espantou com a agilidade mental e talento do MC no Jô Soares. Para seus admiradores (e alguns desafetos, porque não?) confirmou-se o que já sabiam: a fonte não secou e o garoto que já mordeu cachorro por comida continua cheio de fome. E mais sereno, mais maduro – sua mixtape nova não deixa dúvidas. A maior mudança é o desejo em se comunicar com o máximo de pessoas possíveis e transformar conceitos tidos como defasados do rap nacional. Desta vez, com o CD lançado em uma parceria inédita entre Laboratório Fantasma e Fora do Eixo Discos, a estratégia de divulgação, como revela no papo, prevê apresentação na rua, acompanhado de um rádio – como nos primórdios da cena hip hop!

Fiquem de olho porque, durante todo o dia 22 de Setembro, quarta-feira, uma dezena de blogs selecionados por nós, estará sorteando mixtapes autografadas pelo MC, usando como base as perguntas desta entrevista. A parceria é inédita e busca aumentar a rede de informação dos nossos leitores e mostrar que se a rua é noiz, a internet também é! Atentos ao nosso twitter e ao site.

1. Quanto tempo demorou a produção de cada uma das mixtapes?

Emicida . A primeira mixtape [Pra Quem Já Mordeu Um Cachorro Por Comida Até Que Eu Cheguei Longe, 2009] foi um trampo de 4 meses – lembro que falei com o Felipe [Tixaman, produtor] em janeiro e terminei em abril. E lancei no dia primeiro de maio. Na Emicídio foram dois meses pra fazer tudo, sendo que boa parte foi feita aqui no Laboratório [Fantasma, a “firma”comandada por Emicida e seu irmão, Fióte] mesmo. Teve esse mesmo processo de letras que haviam sobrado, mas os instrumentais eu abri os canais, preparei as sessões tudo aqui mesmo no Laboratório.

2. A galera quer saber o que estará nesta mixtape que já foi mostrado por aí. Por exemplo, a “Avua Besouro” [single lançado este ano] estará nessa mixtape em uma versão diferente, certo?

É uma versão remixada, mas não no padrão que as pessoas conhecem: é a mesma base, mas foi mixada diferente – a gente “trouxe” os tambores, botou as guitarras mais pra dentro da música, ela vem com uma estética mais de rap mesmo.

3. Do EP Sua Mina Ouve Meu Rép Também não tem músicas na mixtape?

Não, eu acho preguiçoso repetir música. Acho mancada, tá ligado? (risos)

4. Você falou que a mixtape nova estava menos “pesada” do que a outra. Eu lembrei da letra de “Triunfo”que você fala “todo neguinho pode ser Adolf Hitler e Gandhi”. A outra era mais Hitler e essa mais Gandhi? (risos)

Mas era um Hitler do nosso lado né? Agora vai ser um Gandhi do nosso lado. Tava escutando ela hoje cedo com o Casp. A gente chegou ao consenso que é mais madura, tá ligado? Acho que é mais voltada às pessoas “normais” do que às pessoas que fazem rap. É uma mixtape de rap mas vai surpreender uma galera, porque tá todo mundo esperando uma pá de “Emicídio”, uma outra “Triunfo”… Ela tem uns timbres diferentes, umas mixagens diferentes em alguns casos. Eu me senti “benzão” por ver representada a maturidade que eu acredito que adquiri nos últimos tempos.

5. Foi um desafio ou uma consolidação de linguagem?

A primeira coisa que me desliguei foi dessa parada de repetir alguma coisa. “Puta, fiz o maior barulho com a primeira, tenho que fazer outra ‘Triunfo’”. Foi a primeira coisa que caiu, porque é daí que viria a minha morte: tentar repetir algo. Se alguma coisa vai nascer é a partir do que está sendo feito. Eu abdiquei dessa pressão. Quero fazer uma música que retrate o mundo como eu vejo hoje, um ano após a primeira [mixtape]. Não tinha cabimento eu voltar com as mesmas ideias, “pô mano, eu num tenho grana pra gravar, num tenho estúdio…” Isso seria uma puta mentira, ia vender uma parada que eu não sou. Estou sendo sincero. Eu tô dizendo agora que a situação já foi pior, a gente trampou e conseguiu algumas coisas, tá um pouco melhor… A mixtape começa com uma música que se chama “E Agora?”, e a primeira rima é “Agora nois tem casa, carro, comida e vai cantar que num dá pra vencer na vida?”

6. Carro eu sei que você não tem… (risos)

Eu não tenho porque sou preguiçoso (risos), mas o Fióte tá tirando carta. Eu num tenho carro ainda porque sou vagabundo, deveria ter – me fodo várias vezes por não ter carro. É louco, ouvindo a mixtape inteira – mas eu sou suspeito pra falar (risos) – ela passeia por vários assuntos, várias ideias e nenhuma é alguma que já tenha dado antes. Você vai encontrar música que fala de baile na Vila Zilda, quando escutava Racionais, de “Avua Besouro”, que é maracatu pra caralho, umas ideias pra cima…

7. De auto estima…

De canalizar nosso ódio pra algo que construa alguma coisa. Sinceramente eu já não me identifico com esse tipo de rap que é bem comum… A molecada vem com esse papo de “somos soldados, somos guerreiros, não desistiremos, porque nossa luta etc…” Mas perdeu-se o sentido das palavras: as pessoas falam de ser um soldado mas não compreendem realmente o que é estar dentro de uma guerra. Eu não quero esse peso na minha música. Eu acho muito louco minha mãe saber algumas letras: eu quis mais disso, me vi indo mais pra esse caminho e isso acabou, involuntariamente, levando pra outro caminho. Daí o nome “Emicídio” – eu matei todas aquelas ideias e nasci de novo.

8. Fala um pouco então sobre o nome da mixtape…

Primeiro porque casa com essa coisa de batalha de MC, nasceu da ideia de um genocídio de MCs. É um bagulho pesado, tenso, barulhento, confuso. É bem o que a gente vê quando abrimos a porta de casa. Mas se você olhar bem, tem um monte de coisa que é verdadeira, que faz sentido na sua vida. Partiu dessa ideia mas tomou um outro sentido porque nunca tenho todas as músicas fechadas – isso é legal numa mixtape. Pra trabalhar num álbum fechado será diferente, com certeza. Eu num posso ficar refém das pessoas que me escutam: elas tem que evoluir junto comigo. Assim vou ficar refém de umas ideias e nunca sair da mesmice.

9. Eu achei que nessa mixtape você está um melhor contador de histórias, tem aquela ligação com o rap mais old school, aquela coisa com início, meio e fim, sem muita rima interna. E acredito que a responsabilidade de ter uma filha, de ter várias pessoas cuja vida dependem do teu trabalho diretamente etc, que tudo isso ajudou a mudar a temática das suas letras?

Mano, sou apaixonadão por essa parada de contar história. Você estar na sala da tua casa e se imaginar numa estrada deserta com o vento batendo na sua cara é mágico, é o auge pro compositor. Eu aprendi a fazer rap escutando os manos contando história. Tem uma música do [MC] Dexter que é foda, ele tá contando de um cara que tá na cadeia mas a música remete a tudo, menos à cadeia. Acho muito foda.

10. Você lembra o nome da música?

Não lembro, mas o refrão é (cantarolando) “Eu logo saio daqui…” Ele fala do que queria fazer da vida e onde ele foi parar. Eu acho isso foda. Em 2001 eu ganhei um prêmio de histórias em quadrinhos (N. Do Ed.: Antes de surgir nas batalhas de freestyle, Emicida tentou desenhar histórias em quadrinhos), viajei de avião, conheci uns caras que trabalhavam numa editora que era o que eu queria naquela época. Tava completamente alheio ao que eu era um ano atrás: um moleque da quebrada que não sabia se iria fazer 20 anos. Daí eu quis mais daquilo. Depois me chamaram pra ser dublador de desenho animado… Minha vida nunca mais foi a mesma. Passa dois anos veio a Liga [dos MCs, batalha já clássica de freestyle na cidade do Rio de Janeiro]. Eu tenho um lance bom que é paciência – consigo visualizar onde estarei daqui a seis meses. E sei que, se tornar refém do que eu sou, vou morrer daqui um ano, tá ligado?

11. Então onde você estará daqui a seis meses?
No ritmo que as coisas estão, a gente estará bem melhor, as coisas vão estar mais sérias, consistentes, mais organizadas. O que aconteceu aqui [fala olhando para as imediações do Laboratório Fantasma], é que nós precisávamos de um lugar físico, precisava fazer uma nova mixtape, tava fazendo documentário com o Felipe Rodrigues… Agora acho que vai dar uma espairecida, vou começar a ser pai mesmo, porque só tive ao lado dela nos primeiros 20 dias. Agora já não vivo mais em função do tempo de tantas pessoas. Daqui a 6 meses vamos estar melhor, porque as pessoas que trabalham comigo são bem malucas: ninguém se emociona demais com a repercussão das coisas, porque a gente sabe que numa segunda-feira grava um Jô Soares e na terça vara a madrugada gravando mixtape (N. Do Ed: No dia da entrevista, era o segundo dia que a equipe do Laboratório Fantasma passaria madrugada em claro, gravando mixtape e embalando para os distribuidores). A [produtora] mina do Jô Soares tomou um susto, porque passamos o som e fomos pro camarim. Ela abriu a porta, a luz tava apagada e todo mundo dormindo (risos). Os músicos ali podem fazer qualquer coisa: fumar maconha, levar umas putas, ficar bem louco e a gente ali deitado, dormindo. [Como se estivesse falando pra produtora] “Quiser um cantinho deita aí também” (risos).

12. Em entrevistas antigas você diz que se via como MC de freestyle e não como um rapper. Mas agora faz um tempo que você não participa de batalhas – até porque você virou boi de piranha né? O que isso mudou de fato na tua escrita, no jeito de cantar? Sente falta do freestyle?

Eu não sinto falta; sinto saudade da época que eu batalhei [nas disputas de MCs]. Hoje, às vezes, vejo uns caras ramelar nas batalhas que perco até a vontade de ver (risos). Batalha de freestyle é foda, gosto do jeito como é visto em São Paulo: de fazer freestyle com você, não contra você. Eu amo essa parada. Mas freestyle de batalha é muita dedicação. Em um show sou mais livre, num preciso mostrar que quem tá na tua frente não rima nada.

13. Eu vi em um documentário que o Supernatural [famoso MC de freestyle que mora em Nova Iorque], considerado o maior MC de batalha do mundo, lia dicionário. Como você se preparava?

Mano, uma vez o DJ Zala falou essa parada pra mim. Cheguei em casa, fui no [dicionário] Aurélio e, cara: nunca vou esquecer a primeira página do Aurélio, que começa com a frase “convém ler”. Mas quando cheguei na letra A eu pensei “Foda-se o Supernatural! Que coisa chata do cacete!”(risos). A palavra não entra na minha cabeça desse jeito – tem que ter contexto. Se eu leio um [poeta gaúcho] Mário Quintana, vou achar as palavras tão mágicas que elas vão ficar na minha cabeça. Agora, se eu leio “amor, amora, ameixa“ eu fico [faz cara de contrariado], “puta que o pariu”… Um amigo me deu um dicionário de rimas e pensei “puta, agora vou arregaçar”. Cheguei em casa e escrevi uma pá de rap, mas num tava falando nada – tinha flow pra cacete mas não dizia nada. Isso não funciona comigo. Eu acho louco quem consegue aumentar o leque de palavras assim, mas comigo eu aumento ouvindo música, lendo umas histórias, conversando com as pessoas…

14. E qual foi a batalha de freestyle inesquecível pra você?

A mais foda de sentimento, de ter uma sensação de conquista rara, porque sou muito frio na real, foi ter vencido a Liga dos MCs no Rio. Você está em um Estado que não é o seu, tem uma puta rixa Rio-São Paulo… Pode ser marra pra caralho, mas acho que nunca ninguém de São Paulo vai ganhar de novo essa parada. O bagulho foi muito foda (risos).

15. Deve ter sido uma emoção fudida…

Eu sou meio frio na hora. O [DJ, produtor e metade do duo N.A.S.A] Zé Gongalez falou que é assim também. Tipo, a ficha de ter ido no Jô Soares só caiu uns três dias depois; as pessoas tão me parando na rua por causa disso. O mesmo na Liga: lembro que o Emissário, o Rael da Rima, o Pedro Gomes [os primeiros MCs, o último produtor ligado ao rap] tavam lá comigo, empolgadaços, e eu fazendo de feliz mais do que realmente estava. Ganhar a Liga é uma parada simbólica. O prêmio é de mil reais e eu já tinha combinado com o Pedro Gomes de dar a metade pra ele. E com quinhentos [reais] você já volta à realidade, porque não é muito diferente do que era antes. Na real tava diferente porque eu não tinha nada. E ganhei roupa, tênis, adesivo – os caras adoram dar adesivo pra MC (risos). Adesivo e camiseta. E agora tênis. É a dieta do cantor: nos escritórios de marketing é isso que rola (risos). Eu dei a grana pra minha mãe e naquele momento eu tava numa sintonia legal com o Felipão [Vassão, produtor] e fiz jingles [publicitários] pra caramba – se os moleques [na rua] souberem disso vão me matar (risos).

16. Você prepara show diferente pra cada mixtape etc?

Eu quero montar uma parada que consiga unir dois momentos. No show novo, do lançamento da mixtape, dia 16 de outubro aqui em São Paulo (Fiquem de olho aqui no site pra mais informações!), quero fazer uma parada diferente. Quero colocar uma MPC – mas não vou usar roupa de Toninho do Diabo igual o Kanye West [refere-se à apresentação do artista no VMB estadunidense deste ano] (muitos risos). Eu costumo montar meu set no lugar. Por exemplo: não tenho um público declarado, eu fui cantar em um show do Facção Central e a rapaziada não “veio” da maneira que tô acostumado a ver, porque é outro público, outra vertente da parada. E foi bom porque consigo adequar meu show pra aquele lugar, trazer aquelas pessoas [pro show].

17. Você sentiu uma frieza…

Sim, isso é muito delicado: a molecada tá viciada em perder, saca? Tá viciada nesse derrotismo, porque você não busca melhoria porque acredita que não é pra você. E se existir um sistema, essa é a vitória dele: colocar na tua cabeça que é melhor nem sair de casa porque o bagulho lá fora tá louco.


18. Na primeira mixtape você acabou ressaltando o trabalho de vários produtores. Quem você trouxe de novos produtores pra essa?

Na primeira [mixtape], eu ia muito no estúdio dos outros, caçava os beats, as parcerias foram sendo feitas daí. Na nova eu já não tinha essa disponibilidade de tempo, de ficar o dia inteiro num estúdio conversando, dando risada. Tinha tempo de ficar a tarde inteira lá em Santo André no estúdio do DJ Nato PK, na Zona Leste no estúdio do DJ King. Hoje tem que ser algo muito programado. É até engraçado: uma vez um cara de gravadora chegou e falou “Hoje você faz tudo, se assinar com a gente só vai fazer música”, e eu falei “se eu tiver que fazer só música vou ter que arrumar um emprego, irmão”(risos). Não consigo só fazer música – gosto do ritmo que tá agora. O que me leva a fazer música é viver do jeito que vivo. Se tiver só que fazer rap vou voltar a fazer rima da rima, rap falando de rap, tá ligado? É esse bagulho chato que tá rolando no rap: pra fazer dinheiro, nego acha que tem que ficar falando de dinheiro. Imagina se o João Gilberto pra receber tivesse que fazer música, [cantarola a moda da bossa nova] “Vocês precisam me pagar porque a situação tá foda”(muitos risos).

19. Mas quem tá de novidade nesta nova mixtape, afinal?

O Casp tá na [mixtape] Emicídio, o Renan Samam – um cara que o [produtor e MC curitibano] Nave me apresentou… A base da “Então Toma” [do Renan Samam] eu escutei e pensei “caralho, que base zica!”. E rolou identificação: ele começou a colar aqui direto – e ele mora longe pra caramba –, dormiu até no chão um dia (risos). A gente tirou foto e tá no encarte da mixtape (risos). Tem o Laudz que é de Curitiba, tem o Skeeter, do Vale do Paraíba, que foi o AXL [MC e produtor de eventos do Vale do Paraíba] que me apresentou.

20. Fala dessas intervenções de rua que vocês vão fazer…

É o lance que estou achando mais louco desse projeto são essas intervenções. Às vezes vou tocar num lugar onde as pessoas nunca escutaram rap e eu vejo a magia que um freestyle tem, tá ligado? Fora toda essa coisa de mandar seu material pra imprensa, divulgação, tem essa construção invisível que dá solidez sabe? A repercussão é grande porque estou em muitos lugares diferentes. A ficha vai cair na cabeça do cara que me ver na calçada fazendo uma rima com um rádio [refere-se ao Boombox recém-adquirido] e vai me ver no Jô Soares, tá ligado? Todas as pessoas se juntam nesse momento. Embora os canais não mostrem, as rádios não toquem, é o tipo de ideia que as pessoas escutam, músicas que retratem a vida das pessoas sem essa pobreza temática de “amor, ciúme e separação”. Eu toco em casa noturna, mas não é o lugar onde prefiro tocar: o lance vai voltar pra rua. Tem nego que acha a maior conquista tocar em casa na Vila Olímpia [área boêmia de SP onde ficam as casas noturnas mais caras], mas eu acho a maior derrota. A gente sai lá da puta que o pariu, lá do [bairro onde vive o MC] Cachoeira – onde eu gostaria que as pessoas escutassem essa parada –, pra tocar num lugar onde o cara tá preocupado com a garrafa de whisky de duzentos reais. É bom tocar lá [enfático] também. Mas fico triste do rap estar preso ao centro [da cidade]. O lance que vai dar solidez ao rap é fortalecer o lugar de onde ele veio.

Dia 16/10 acontecerá a festa de lançamento da mixtape Emicidio no Estúdio M.

Para mais informações, acesse: www.laboratoriofantasma.blogspot.com

sábado, 25 de setembro de 2010

Vídeos da semana ;D

Paul Rodriguez 4 - Comercial

Já está a venda na Matriz Skateshop o Zoom Paul Rodriguez 4 da Nike SB, que combina a pura estética do skate com as melhores inovações técnicas.

Para realizar a campanha global de lançamento, a marca levou Paul, o primeiro skatista da Nike SB a assinar uma linha de tênis, a Nova York para uma sessão de skate e para passar um tempo no estúdio com um dos seus ídolos, a lenda do hip-hop Nas. A jornada de Paul pelos lugares mais incríveis para andar de skate em Nova York, ao som da música e narração de Nas resultou em um comercial de 60 segundos, dirigido por Jon Humphries, da Nike SB.

Confira o vídeo e fotos do tênis abaixo:

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Chemp hem TUBARÃO ANGELA


Evento dahora memo tio, 4 desafio skate no Angela so pra soma memo, rolo no dia 18 e 19 de setembro em tubarão-sc, so tava os neguim pilaako, é noiz ;D


quarta-feira, 22 de setembro de 2010

ÖUS - NOVA COLEÇÃO

A ÖUS está preste a lançar sua mais nova coleção! Ficou curioso? Então assista o teaser e conheça um pouco da nova coleção que em breve chegará nas lojas.



Diferentes, porém semelhantes! - 21/09/2010

Diferentes, porém semelhantes!

Gian Naccarato é um skatista que sempre vem com boas novidades e que explora qualquer terreno em cima do seu skate.

Gian nos apresentou duas imagens de uma mesma manobra muito singulares, manobras parecidas em terrenos diferentes, o F/s Fakie Nosegrind o F/s Fakie One Truck!

Gian Naccarato, F/s Fakie Nosegrind! Foto: Robson Sakamoto

O movimento para executar essas manobras tem uma grande semelhança, as duas são de Fakie e o moment delas é bem parecido, porém uma é num ferro reto no chão e a outra é num cooping do quarter da mega.

"É muito style pois acertei essas manobras mais ou menos na mesma época e pode ter certeza que uma ajudou na execução da outra, sem dúvida andar em transição da muita base para o street e a base do street ajuda muito em manobras de bordas em halfs, bowls, etc." finaliza Naccarato.

Gian Naccarato, F/s Fakie One Truck na Mega! Foto: Renato Custódio

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Sessão de fotos Blumenau - Grafites ;D

Pra galera que gosta de desenhos e claro, da cultura de rua de nossa city, bati umas foto dos grafites de blu, agradesso e parabenizo a galera que faz os grafites aqui em blu sempre na correria so pra soma memo. Realmente ta ficando loko esse trampo cada dia melhor, dexando blu dahora memo tio, e pra quem não curte só lamento!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Sessão de fotos- Porto Alegre

Sessão de Fotos: na última parada da DC Tour. Nada melhor do que encerrar na pista do IAPI em Porto Alegre.